amp-auto-ads MUNDO CAIPIRA DE MOACYR FILHO: MAZZAROPI google-site-verification: google12b119954d14d862.html

MAZZAROPI


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Amacio Mazzaropi nasceu em São Paulo/SP, em 09 de abril de 1912.
Filho de Bernardo Mazzaroppi, imigrante italiano e Clara Ferreira, portuguesa, com apenas dois anos de idade sua família muda-se para Taubaté, no interior de São Paulo. O pequeno Amácio passa longas temporadas no município vizinho de Tremembé, na casa do avô materno, o português João José Ferreira, exímio tocador de viola e dançarino de cana verde. Seu avô também era animador das festas do bairro onde morava, às quais levava seus netos que, já desde cedo, entram em contato com a vida cultural do caipira, que tanto inspirou Mazzaropi.
Em 1919, sua família volta à capital e Mazzaropi ingressa no curso primário do Colégio Amadeu Amaral, no bairro do Belém. Bom aluno, era reconhecido por sua facilidade em decorar poesias e declamá-las, tornando-se o centro das atenções nas festas escolares. Em 1922 morre o avô paterno e a família muda-se novamente para Taubaté, onde abrem um pequeno bar. Mazzaropi continua a interpretar tipos nas atividades escolares e começa a frequentar o mundo circense. Preocupados com o envolvimento do filho com o circo, os pais mandam Amácio aos cuidados do tio Domenico Mazzaroppi em Curitiba, onde trabalha na loja de tecidos da família.
Já com quatorze anos, em 1926, regressa à capital paulista ainda com o sonho de participar em espetáculos de circo e, finalmente, entra na caravana do Circo La Paz. Nos intervalos do número do faquir, Mazzaropi conta anedotas e causos, ganhando uma pequena gratificação. Sem poder se manter sozinho, em 1929 Mazzaropi volta a Taubaté com os pais, onde começa a trabalhar como tecelão, mas não consegue se manter longe dos palcos e atua numa escola do bairro.
Com a Revolução Constitucionalista de 1932 segue-se uma grande agitação cultural e Mazzaropi estreia em sua primeira peça de teatro, chamada A herança do Padre João. Já em 1935, consegue convencer seus pais a seguir turnê com sua companhia e a atuarem como atores. Em 1940, monta o Circo Teatro Mazzaropi e cria a Companhia Teatro de Emergência.
Até 1945, a Troupe Mazzoropi percorre muitos municípios do interior de São Paulo, mas não há dinheiro para melhorar a estrutura da companhia.
Com a morte da avó materna, Dona Maria Pita Ferreira, Mazzaropi recebe uma herança suficiente para comprar um telhado de zinco para seu pavilhão, podendo assim estrear na capital, com atuações elogiadas por jornais paulistanos. Depois, parte com a companhia em turnê pelo Vale do Paraíba. A grave situação de saúde de seu pai complica a situação financeira da companhia de teatro e, em 8 de novembro de 1944, morre Bernardo Mazzaroppi.
Dias após a morte de seu pai, estréia no Teatro Oberdan ao lado de Nino Nello, sendo ator e diretor da peça "Filho de Sapateiro, Sapateiro Deve Ser", acolhida com entusiasmo pelo público.
Em 1946, convidado por Dermival Costa Lima da Rádio Tupi, estréia o programa dominical "Rancho Alegre", encenado ao vivo no auditório da emissora no bairro do Sumaré e dirigido por Cassiano Gabus Mendes. Em 1950, este mesmo programa estreou na TV Tupi, mas agora contava com a coadjuvação dos atores João Restiffe e Geny Prado. Mazzaropi tinha um hobby, gostava de cantar valsa, MPB e seresta com os seus amigos.
Abílio Pereira de Almeida, então produtor e diretor da Vera Cruz, procura um tipo diferente e curioso para estrelar uma comédia. Quando vê Mazzaropi na televisão, não tem dúvida e contrata-o para atuar em “Sai da Frente” (1952). O sucesso popular é tanto que Mazzaropi acaba se dedicando praticamente ao cinema. Participa de oito filmes como ator contratado e, em 1958, funda a PAM FILMES (Produções Amacio Mazzaropi). A partir daí, passa a produzir e dirigir seus filmes, sendo sua primeira produção “Chofer de Praça”, em que ele emprega todas as suas economias. Com o filme pronto, falta dinheiro para fazer as cópias. Pega seu carro e sai pelo interior afora fazendo shows até conseguir arrecadar a quantia necessária. O filme estréia e faz muito sucesso. O pano de fundo de quase todos os seus filmes é sempre uma fazenda, primeiro emprestada e depois a sua própria, chamada Fazenda da Santa, em Taubaté, onde monta seus estúdios. Ali atravessa sua mais fértil fase e produz seus melhores filmes como “Tristeza do Jeca” (1961) e “Meu Japão Brasileiro” (1964).
Em 1959 é convidado por José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, mais conhecido como Boni, na época da TV Excelsior de São Paulo, a fazer um programa de variedades que fica no ar até 1962. Neste mesmo ano começa a produzir um de seus filmes mais famosos, Jeca Tatu, que estréia nos cinemas no ano seguinte.
Com o tipo “JECA”, o caipira de fala arrastada, tímido, mas cheio de malícia, arrasta multidões aos cinemas. Lança um filme por ano e sempre em 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, e no Cine Art-Palácio, que ele adota para lançamento das películas, pois o dono do cinema foi o que mais lhe apoiara no início da carreira de produtor. Fica milionário e paralelamente produz leite também, sendo um dos maiores fornecedores da Empresa Leite Paulista. No início dos anos 70 constrói novos estúdios e um hotel, também em Taubaté.
Artista nato e empresário com muito tino comercial, é também desconfiado e solitário. Nunca se casou, mas tem um filho adotivo, Péricles, que o ajuda na produção dos filmes.
Depois de 26 dias internado, Mazzaropi morre, vítima de um câncer na medula óssea aos 69 anos de idade no hospital Albert Einstein de São Paulo, em 13 de junho de 1981, logo após iniciar sua 33ª produção, “Jeca e a Maria Tromba Homem”.
Foi enterrado na cidade de Pindamonhangaba, no mesmo cemitério onde seu pai já repousava.
O império que constrói é dilacerado pelos herdeiros após sua morte, com todos os seus bens indo à leilão, inclusive os filmes.
Em 1994 é inaugurado o Museu Mazzaropi.
O Hotel-Fazenda onde está seu estúdio, continua existindo, agora, com o nome de HOTEL FAZENDA MAZZAROPI com um acervo de mais de seis mil peças.
Mazzaropi é sem dúvida o maior comediante do cinema brasileiro. Seu nome é sinônimo de sucesso e respeito por todos, inclusive os críticos, que não gostam de seus filmes, mas se rendem ao seu talento. Construiu um estilo que será sempre imitado, mas jamais superado.


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