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O célebre compositor de "Chitãozinho e Xororó" (em parceria com Athos
Campos), Antenor Serra, o Serrinha, nasceu em Botucatu, interior do
estado de São Paulo no dia 26 de junho de 1917, era o segundo dos dois
filhos de Antenor Serra Filho, italiano, motorista de táxi; e sua mãe,
Isabel Montez Serra, era irmã de Raul Torres, também nascido em
Botucatu. Aprendeu a tocar viola com Lopinho, famoso violeiro da região.
Aos 15 anos já fazia serenatas e animava as festas de seu bairro.
Josefa, a vó materna de Serrinha, era também a mãe de seu tio Raul que,
percebendo os dotes musicais do sobrinho, quando este cantava com os
amigos em Botucatu, convidou-o a residir na capital paulista. Antenor,
pouco antes, havia arrumado o emprego na Estrada de Ferro Sorocabana;
Raul Torres também trabalhava na mesma empresa.
Em pouco tempo, Antenor Serra havia sido transferido de
Botucatu para a capital paulista; na época, com 19 anos de idade,
animado com o convite do tio Raul, mudou-se para São Paulo. No Largo de
Santa Cecília, ficava a pensão onde Serrinha morava no início de sua
vida na capital paulista.
Luiz Marino Rabelo, companheiro de quarto de Serrinha na mesma pensão, também cantava. E, musicalmente, os dois se deram muito bem! Ao final da jornada de trabalho, Luiz e Antenor voltavam apressadamente à pensão e cantavam juntos as músicas de sucesso da época. Algum tempo depois, o mesmo Luiz Marino Rabelo ficou famoso cantando em dupla com Serrinha; seu nome artístico era Caboclinho. Mas essa dupla só aconteceu depois da briga de Serrinha com seu tio...
O tio Raul parece "ter sentido um certo ciúme" quando viu Serrinha cantando com Luiz Marino na pensão e, vendo as duas vozes tão afinadas, sentiu que ele é que deveria formar a dupla com Antenor o mais breve possível. E, conseqüentemente, Raul Torres e Serrinha gravaram e fizeram sucesso com "Cavalo Zaino". Também foi feita por Serrinha juntamente com Mariano da Silva a primeira gravação de "Saudades de Matão".
Em 23 de maio de 1940, foi celebrado em São Paulo seu casamento com Olinda, após um difícil namoro à moda antiga, já que o pai de Olinda era uma fera; de tamanha rigidez que muitas vezes chegava à violência física; o casamento, por outro lado, só terminou com a morte de Serrinha em 1978.
Nessa época, Raul Torres ainda cantava em dupla com Serrinha. Um desentendimento, porém, modificou os rumos de ambos, e fez surgir duas novas duplas caipiras: "Torres e Florêncio" e "Serrinha e Caboclinho" (Luiz Marino Rabelo, o mesmo Caboclinho que havia sido colega de Serrinha na mesma pensão onde ele morava no início da vida na capital paulista). Não se sabe ao certo quais teriam sido os motivos da briga; mas o tio e o sobrinho não voltaram mais a se falar. Cada um dos dois, por outro lado, seguiram com bastante sucesso as suas respectivas carreiras.
Em dupla com Caboclinho, Serrinha integrou um trio com Rielinho (o "Bacharel do Acordeom", filho do famoso Rieli). Esse trio pioneiro ficou conhecido como "O Trio Mais Querido do Brasil". Trabalharam também no programa que durou 17 anos na Rádio Tupi de São Paulo.
Serrinha e Caboclinho também costumavam contar histórias e causos entre uma música e outra nos shows que faziam, sendo que Caboclinho era o escada, o qual incitava Serrinha para contar as estórias.
O "Rei da Viola" como era conhecido Serrinha teve os maiores sucessos em parceria com Athos Campos "Chitãozinho e Xororó" e também com Ado Benatti "Bom Jesus de Pirapora".
Serrinha também fez dupla com Zé do Rancho após o falecimento de Caboclinho em 1954. Juntamente com Zé do Rancho, Serrinha integrou com Rielinho o novo "Trio Mais Querido do Brasil". Fizeram diversos shows e gravações e continuavam a apresentar o programa na Rádio Tupi às terças, quintas e sábados sempre às 18h30.
Serrinha enfrentou também momentos dificílimos durante a segunda guerra mundial, já que o Brasil havia ingressado na mesma, contra o eixo formado por Alemanha, Itália e Japão; Serrinha, sendo descendente de italiano, foi denunciado (denúncia essa comprovada posteriormente como sem fundamento, já que havia partido de um inimigo que o invejava) como integrante da "Quinta Coluna", ou seja, denunciado como um suposto simpatizante do nazismo e/ou do fascismo. Tal fato custou-lhe 4 dias na prisão no DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), além de ter tido sua vida particular investigada. Acredita-se, porém, que Serrinha ficou preso por um período de tempo "relativamente curto", pois as autoridades do DOPS "sabiam quem era Serrinha, sua popularidade, e como o mesmo era querido por sua gente", ou seja, de um certo modo, sabiam o quanto seria problemático, mais cedo ou mais tarde, manter Serrinha atrás das grades, principalmente com uma acusação tão infundada, contra um ídolo tão popular. Era realmente muita responsabilidade...
Após um infarto sofrido por Serrinha em 1965, o médico proíbe a continuação da vida artística; continuou ainda na Sorocabana até sua aposentadoria em 1968. Como a saudade apertava, mudou-se para Botucatu, tendo levado a família. Mesmo assim, ainda gravou o disco "A Volta do Serrinha" em 1971 com Caboclinho II, disco esse que foi o último de sua vida. Para Serrinha, era terrível respeitar o conselho médico e ficar fora do mundo artístico; desacatando as ordens médicas trabalhou como apresentador do programa "Serra Dourada" e foi também Diretor Artístico da Rádio Municipalista de Botucatu.
Um novo infarto pôs fim à vida terrena de Serrinha em 19 de agosto de 1978.
Luiz Marino Rabelo, companheiro de quarto de Serrinha na mesma pensão, também cantava. E, musicalmente, os dois se deram muito bem! Ao final da jornada de trabalho, Luiz e Antenor voltavam apressadamente à pensão e cantavam juntos as músicas de sucesso da época. Algum tempo depois, o mesmo Luiz Marino Rabelo ficou famoso cantando em dupla com Serrinha; seu nome artístico era Caboclinho. Mas essa dupla só aconteceu depois da briga de Serrinha com seu tio...
O tio Raul parece "ter sentido um certo ciúme" quando viu Serrinha cantando com Luiz Marino na pensão e, vendo as duas vozes tão afinadas, sentiu que ele é que deveria formar a dupla com Antenor o mais breve possível. E, conseqüentemente, Raul Torres e Serrinha gravaram e fizeram sucesso com "Cavalo Zaino". Também foi feita por Serrinha juntamente com Mariano da Silva a primeira gravação de "Saudades de Matão".
Em 23 de maio de 1940, foi celebrado em São Paulo seu casamento com Olinda, após um difícil namoro à moda antiga, já que o pai de Olinda era uma fera; de tamanha rigidez que muitas vezes chegava à violência física; o casamento, por outro lado, só terminou com a morte de Serrinha em 1978.
Nessa época, Raul Torres ainda cantava em dupla com Serrinha. Um desentendimento, porém, modificou os rumos de ambos, e fez surgir duas novas duplas caipiras: "Torres e Florêncio" e "Serrinha e Caboclinho" (Luiz Marino Rabelo, o mesmo Caboclinho que havia sido colega de Serrinha na mesma pensão onde ele morava no início da vida na capital paulista). Não se sabe ao certo quais teriam sido os motivos da briga; mas o tio e o sobrinho não voltaram mais a se falar. Cada um dos dois, por outro lado, seguiram com bastante sucesso as suas respectivas carreiras.
Em dupla com Caboclinho, Serrinha integrou um trio com Rielinho (o "Bacharel do Acordeom", filho do famoso Rieli). Esse trio pioneiro ficou conhecido como "O Trio Mais Querido do Brasil". Trabalharam também no programa que durou 17 anos na Rádio Tupi de São Paulo.
Serrinha e Caboclinho também costumavam contar histórias e causos entre uma música e outra nos shows que faziam, sendo que Caboclinho era o escada, o qual incitava Serrinha para contar as estórias.
O "Rei da Viola" como era conhecido Serrinha teve os maiores sucessos em parceria com Athos Campos "Chitãozinho e Xororó" e também com Ado Benatti "Bom Jesus de Pirapora".
Serrinha também fez dupla com Zé do Rancho após o falecimento de Caboclinho em 1954. Juntamente com Zé do Rancho, Serrinha integrou com Rielinho o novo "Trio Mais Querido do Brasil". Fizeram diversos shows e gravações e continuavam a apresentar o programa na Rádio Tupi às terças, quintas e sábados sempre às 18h30.
Serrinha enfrentou também momentos dificílimos durante a segunda guerra mundial, já que o Brasil havia ingressado na mesma, contra o eixo formado por Alemanha, Itália e Japão; Serrinha, sendo descendente de italiano, foi denunciado (denúncia essa comprovada posteriormente como sem fundamento, já que havia partido de um inimigo que o invejava) como integrante da "Quinta Coluna", ou seja, denunciado como um suposto simpatizante do nazismo e/ou do fascismo. Tal fato custou-lhe 4 dias na prisão no DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), além de ter tido sua vida particular investigada. Acredita-se, porém, que Serrinha ficou preso por um período de tempo "relativamente curto", pois as autoridades do DOPS "sabiam quem era Serrinha, sua popularidade, e como o mesmo era querido por sua gente", ou seja, de um certo modo, sabiam o quanto seria problemático, mais cedo ou mais tarde, manter Serrinha atrás das grades, principalmente com uma acusação tão infundada, contra um ídolo tão popular. Era realmente muita responsabilidade...
Após um infarto sofrido por Serrinha em 1965, o médico proíbe a continuação da vida artística; continuou ainda na Sorocabana até sua aposentadoria em 1968. Como a saudade apertava, mudou-se para Botucatu, tendo levado a família. Mesmo assim, ainda gravou o disco "A Volta do Serrinha" em 1971 com Caboclinho II, disco esse que foi o último de sua vida. Para Serrinha, era terrível respeitar o conselho médico e ficar fora do mundo artístico; desacatando as ordens médicas trabalhou como apresentador do programa "Serra Dourada" e foi também Diretor Artístico da Rádio Municipalista de Botucatu.
Um novo infarto pôs fim à vida terrena de Serrinha em 19 de agosto de 1978.
Fonte; Recanto Caipira
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